domingo, 19 de agosto de 2018

Crítica: Jão







(TODAS AS MÚSICAS ANALISADAS AQUI, ESTÃO NO PRÓPRIO NOME, BASTA CLICAR E SERÁ DIRECIONADO AO LINK PARA ESCUTAR)




Sabe quando um amigo lhe indica um cantou ou um albúm ai você vai vê se é bom mesmo e não é que é bom demais, hoje falaremos de Jão, um cantor que teve sua bela jornada e hoje começa a ser consolidado no mercado da música brasileira.
O imaturo Jão, começou a sua carreira aos 16 anos da forma como cada um pensa em começar, lançar um canal no youtube, porém viu que não estava sendo aquilo que realmente gostava. Depois de algum tempo decidiu compor suas próprias músicas, pois, mas até ganhar nome no mercado da música, foi por outros caminhos, o dos covers, seus principais sucessos foram "Bang' de Anitta e "Medo Bobo', sendo ela que fez com que o produtor Pedro Dash entrou em contato, chamando para conversar sobre seu futuro.

Foram de 4  a 5 meses de negociação e finalmente Jão fecha contrato com a Universal Music, mesmo com medo da produtora acabar com sua liberdade criativa, mas, como isso não aconteceu o contrato foi aceito e Jão começou no cenário musical. Depois de entender um pouco mais sua história vamos falar do que Jão produziu e lançou, os seus SINGLES


Álcool: Trouxe em uma música agitada com toques intimistas, batidas leves e uma backings vocals eletrônico. Na letra, Jão mostra como o Álcool ao mesmo tempo que é prazeroso, afasta as pessoas, a dor da solidão, os dilemas de beber para esquecer a pessoa amada, sem mostrar quem de fato é ela. Em seu clipe, Jão trabalha com muita luz e cores, o fogo, uma loja de conveniência cada um em sua individualidade e o mesmo cenário se tornando uma baladinha. Jão explora a solidão de forma profunda e sem medo de mostrar sua cara, do solitário ao grupo.







Ressaca: Em um tom mais leve, uma baladinha. Ressaca explora os sentimentos, quase como uma resposta a "Álcool", contando como a pessoa amada move ele de forma singular, uma busca incensante por achar ela/ele de bar em bar, quando sua ressaca se torna o mar, um lugar imenso e profundo. A música começa com solos de violão dedilhados composto de  batidas leves. No clip é possível ver sua busca, paisagens belas, ângulos e planos não conexos, tudo explorado de forma ponderada.








Imaturo: Minha predileta(rsrsrsrs), essa é a resposta todos os outros singles anteriores, aqui, Jão explora uma relação com amigos, talvez até mais que amigos, em uma amizade mais que colorida talvez, nesse clipe Jão e sua turma mostra toda sua imaturidade ao  roubar dinheiro, invadir um local privado com piscina, comer pizza com os amigos e deixar sujeira nos lugares A música é composta de um teclado, batidas leves, efeitos sonoros de uma criança ao fundo algumas vezes.











Após lançar esses singles Jão relançou seus projetos om o nome de "Primeiro Acústico", o material também não perdeu nada, perto do que ja foi lançado, as músicas ficaram mais calmas, mas mesmo assim manteve o nivel do que ele está produzindo, foi adicionado uma nova música em seu material "Aqui" tem apenas voz e piano, contando a história de um amor fragil e intenso, em que ambos nao sabem como lidar, e nem como fugir, pois, são almas pareicdas, no mesmo tom, uma música completamente calma, talvez a mais calma de todas.

No dia  14/08 as 00, Jão lançou  o seu novo single"Vou morrer sozinho", com uma pegada mais soturna, em cemitérios, jogos de carta, bebidas, invasão a casamentos, Jão conta do amor não correspondido, de se apaixonar por quem não se deve e não deixar ser amado por outros. A música tem pegada de anos 90, com baixo, toques de trompete, efeitos sonoros de backing vocal, uma receita certa, uma música agitada para um tema tão importante, a falta de amor da pessoa amada, o amor que não da respostas





Dia 17/08 as 00:00 temos o lançamento do álbum "Lobos", um álbum intimista em que Jão se desnudou, aprendeu a mostrar seus defeitos de forma espetacular, todas as suas facetas.


O disco começa com "Vou morrer sozinho" abrindo em tom agitado e pra cima. "Me beija com raiva", em um tom acústico, com leve batidas, aqui Jão ja começa a soltar os palavrões e falar sobre
a insegurança, a espera, a falta de um pelo amor, o discutir e o resolver.

"Lindo Demais" mantendo em músicas pra cima, o tema aqui é de como as pessoas odeiam aquele amor e Jão ama viver intensamente o amor. A música é composta de batidas eletrônicas , backing bem introduzidos, lembrando quase umas músicas latinas, violões e batidas combinando de formas harmônicas, Jão consegue em uma única música transitar por vários estilos, sem deixar de quem é.
Depois chega o single "Imaturo", voltando a falar do amor que vem sem consequências.

"Ainda de te amo", aqui o cd começa a ficar mais introspectivo, em tons de violão, dedilhadas leves, a 5º faixa traduz sobre o amor e a vida louca, de deixar para trás pessoas, viver intensamente, como fugir, roubar, aprender a roubar, beijar loucamente, deixar a mãe esperando e preocupada,  tudo isso para  tentar esquecer a pessoa amada,
"A Rua" volta aquele clima latino, teclados, batidas leves, solos de violão. "A Rua" é quase uma resposta a "Ainda de te amo", o clima de irresponsabilidade, a imaturidade, a vida louca, aqui Jão avisa a mãe e a deixa despreocupada

"Lobos" foi uma tremenda surpresa, esperava ela ser agressiva, agitada, ai Jão vai e quebra todas as idealizações em uma letra completamente intimista e desnudada, uma letra leve, solos de violão ao fundo, uma baladinha completamente introspectiva, Jão mostra aqui todos os seus defeitos, desejos, a vontade de se afirmar quem é, da escolha de se prender, ou se tornar alguém livre e solto, mais bonito, como um lobo, solitário, em trilhar sua jornada

"Eu quero ser como você", batidas de violão, sons de efeitos especiais  e a voz de Jão falando apenas do sentimento de alguém que não se aceitou, querendo se aceitar e parecer como  o "outro", mais uma vez Jão se desnuda em sua música, mostrando seus defeitos, de se parecer como os outros e não se aceitar, ciumes de não se aceitar sua beleza, sua bondade, apenas ver isso no outro e não em si

"Aqui" a versão do single acústica, ganha versão em estúdio, com participação de Diogo Pirraça, a música transita bem com a voz de ambos, a música trata sobre o amor intenso que se apagou, o amor que se tornou estranho.

"Monstros" fecha um cd, apresentando uma música mais intimista, escura, com toques de piano, vozes. A faixa mostra todos os seus medos, a dificuldade de seguir, a forma como cada um encara seu medo de maneira profunda.

Jao mostra várias faces em seu novo trabalho, clipes muito bem produzidos, discutindo temas importantes de jovens para jovens, tem tudo para emplacar  e conseguir novas parcerias. Talvez o único defeito/erro que aponto é que senti falta em "Lobos", os singles "Álcool" e "Ressaca", músicas que fizeram parte do início de sua jornada




maturo

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